Cultura como estratégia: por que marcas que entendem o espírito do tempo saem na frente
24 novembro, 2025Empresas que tratam a cultura como estratégia conquistam relevância, diferenciação e impacto em um mercado que muda na velocidade do comportamento
A forma de construir marcas mudou. Hoje, não basta ter um bom produto ou uma boa campanha: é preciso compreender o tempo em que se vive. Tratar a cultura como estratégia significa reconhecer que símbolos, conversas e comportamentos refletem o que é importante para as pessoas e, por isso, precisam estar no centro das decisões de negócio.
Quando uma empresa consegue interpretar esses sinais e transformá-los em ações coerentes, ela deixa de disputar apenas atenção e passa a disputar significado. Em um mercado em que discursos se repetem e campanhas soam parecidas, a leitura de cultura é o que permite criar narrativas autênticas e conectadas ao seu tempo.

O novo código da relevância
Durante décadas, comunicar foi sinônimo de falar alto. Agora, comunicar é escutar. Marcas fortes não tentam ocupar todos os espaços; escolhem os territórios culturais nos quais podem contribuir de forma legítima e constante. Essa escolha nasce de sensibilidade e propósito.
Uma pesquisa da Accenture Strategy mostrou que 79% dos consumidores brasileiros esperam que as empresas se posicionem em temas sociais e culturais. O dado reforça que não basta oferecer qualidade e preço competitivo. O público quer coerência, empatia e um ponto de vista sobre o mundo.
Um estudo conduzido pela Skim, consultoria de pesquisa de mercado voltada ao comportamento do consumidor, reforça esse cenário. Realizada com o QualBot, ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela empresa, a pesquisa mostra que marcas consideradas próximas adotam tom natural, oferecem valor acessível e demonstram compromisso com causas sociais e ambientais. Entre os aspectos mais valorizados pelos jovens, estão autenticidade e transparência (44%), engajamento digital (37%), acessibilidade e preços justos (37%) e atuação com propósito claro (22%). Já a comunicação forçada, descrita como “trying too hard”, foi mencionada por 32% dos entrevistados como principal motivo de rejeição.
Esses números evidenciam um ponto central: relevância cultural se constrói com verdade. Marcas que compreendem esse código tornam-se parte das conversas e constroem vínculos simbólicos mais duradouros.
Cultura em prática: marcas que traduzem o espírito do tempo
A Corona, da Ambev, é um dos exemplos mais claros de marca que fez da cultura seu eixo central. Muito além da associação ao verão, ela consolidou um território sólido baseado na relação com o mar, o surfe e a preservação ambiental. Suas campanhas voltadas à limpeza de praias e parcerias com projetos de sustentabilidade reforçam uma narrativa de conexão com a natureza e com o estilo de vida solar e consciente. A cultura praiana se tornou, nesse caso, estratégia de marca e diferenciação.
Outro exemplo é a Natura, que transformou a identidade brasileira, a biodiversidade e o saber tradicional em pilares de reputação e valor. A empresa faz da cultura regional um ativo global, provando que propósito e posicionamento podem caminhar lado a lado sem perder autenticidade.
No entretenimento, a Netflix também atua de forma culturalmente orientada. Ao investir em produções locais que retratam realidades diversas, a plataforma amplia o senso de representatividade e pertencimento do público. Séries brasileiras que refletem o cotidiano urbano não são apenas conteúdo, mas expressões de comportamento e identidade.
Essas marcas mostram que cultura como estratégia não é discurso, é prática. É a capacidade de observar o que está em movimento e transformar contexto em conexão.
Ler cultura é antecipar comportamento
Entender cultura é compreender pessoas. As tensões, os valores e os hábitos que moldam a sociedade influenciam diretamente as escolhas de consumo e o modo como as pessoas se relacionam com as marcas. Essa leitura exige repertório, método e sensibilidade.
Na VX Comunicação, o trabalho começa pela escuta. O time cruza dados, comportamento e repertório social para identificar o que está emergindo e transformar essas percepções em estratégia. O objetivo é ajudar empresas a atuarem com consistência e relevância, criando presença genuína nas conversas que realmente importam.
Mais do que acompanhar tendências, esse olhar permite antecipar comportamentos e agir com propósito. É assim que a cultura se transforma em diferencial competitivo e que marcas passam a fazer parte da vida das pessoas de forma orgânica.
Cultura como bússola de futuro
Marcas que se apoiam apenas em campanhas correm o risco de desaparecer junto com a próxima tendência. As que se baseiam na cultura constroem presença de longo prazo. Tratar a cultura como estratégia é reconhecer que o que move as pessoas é o que move os negócios. É entender que cada mudança social, estética ou comportamental pode se transformar em oportunidade de inovação.
Em um mundo cada vez mais ruidoso, relevância é resultado de coerência e escuta. As marcas que entendem isso não apenas acompanham o espírito do tempo, mas participam ativamente da sua construção.
Acesse o site da VX Comunicação e descubra como transformar a leitura de cultura em direção estratégica de marca.