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Marketing

Como o Neuromarketing pode ajudar o seu negócio?

5 setembro, 2019

Se você quer entender o comportamento dos seus consumidores, o caminho pode estar no estudo do neuromarketing. Esse conceito está ligado ao modo que a marca impacta a mente das pessoas.

Já teve vontade de tomar um café ao sentir o cheiro da bebida ao passar por uma cafeteria? Ou então uma vontade de beber um refrigerante ao ouvir o som de uma lata abrindo? Isso acontece porque o nosso cérebro está sempre influenciando o nosso comportamento de consumo e decisão de compra.

Não é a toa que muitas empresas estão cada vez mais pesquisando como esses estímulos acontecem em nós. O neuromarketing estuda a união entre os nosso cérebro e o marketing. Se você quer ficar por dentro de tudo sobre esse universo, é só continuar lendo esse post!

O que é neuromarketing?

O neuromarketing é a mistura entre neurociência e o marketing, que busca entender os fatos que influenciam o consumidor na tomada de decisão, suas preferências e comportamentos. São motivações que nem mesmo as próprias pessoas reconhecem, pois tratam-se de questões do inconsciente.

O autor deste termo chama-se Ale Smidts. Contudo, quem tornou o estudo popular foi o pesquisador de Harvard, Gerald Zaltman. Formado em medicina e com acesso aos aparelhos da área, Zaltman decidiu utilizar os equipamentos de ressonância magnética para fins de pesquisas mercadológicas.

Foi mapeando a atividade do cérebro humano quando exposto a estímulos de marketing, que Zaltman foi capaz de mensurar a real influência neurológica que determinadas ações têm no comportamento do consumidor. Até hoje, testes como esses são realizados por profissionais como o dinamarquês Martin Lindstrom.

Lindstrom, que estuda profundamente o comportamento do consumidor, afirma que 85% das compras são decididas pelo subconsciente. Desta forma, ao tomarmos uma decisão, podemos ativar três mecanismos do nosso cérebro: a razão, a emoção ou o instinto. A função do neuromarketing é entender como cada um dos mecanismos é utilizado durante o processo de decisão de compra. 

No livro “A lógica do consumo”, Lindstrom afirma que quando decidimos comprar alguma coisa, nosso cérebro rastreia nossas lembranças, fatos e emoções e às compacta numa reação rápida de consumo. 

As pesquisas de neuromarketing abrangem diversas técnicas de monitoramento do cérebro com o objetivo de entender como ele reage a diferentes estímulos que uma imagem, um cheiro ou um texto relacionado a uma marca podem provocar. Durante esses estudos, são observadas ondas cerebrais, frequências cardíacas, movimento de olhos, dilatação de pupilas e expressões faciais, por exemplo. E com esses resultados, é possível compreender a causa de desejos, necessidades, urgências ou repulsas.

Quer entender na prática? Então imagine que você está na fase de produção de uma embalagem para o seu produto e está na dúvida sobre dois modelos. Ao apresentar as duas opções para um usuário, quando aplicado o neuromarketing, você consegue mais do que uma simples opinião pessoal.

Através dos testes, é possível observar suas atividades cerebrais e entender de que forma o subconsciente reage a cada uma das opções, deixando claro qual delas gerou um impacto mais positivo.

É através desses testes que as empresas vêm obtendo resultados cada vez mais assertivos, para então, otimizar suas campanhas publicitárias. As possibilidades de aplicação dessas técnicas estão por todos os lugares, confira só:

  • Branding: ajudando a entender quais ideias e sensações o cliente relaciona à sua marca;
  • Design: busca medir respostas a novas ideias, ou seja, testar a eficácia de um projeto antes de iniciar uma produção;
  • Tomada de decisão: entender como o ambiente da sua loja ou seu site podem ajudar ou atrapalhar no momento de compra;
  • Publicidade: usar fatos que influenciam a percepção da mensagem, usando de funcionalidades como som, imagens e cheiros e mensurar esses processos inconscientes;
  • Entretenimento: criar experiências nas mentes dos usuários, a fim de influenciar suas atitudes.

Agora vamos a um exemplo da vida real, no qual uma marca despertou sensações nos consumidores com o objetivo de ser sempre lembrada. Dúvido que você não saiba cantar a música do Big Mac! E aí eu te pergunto, é necessário saber de cor o que vai dentro desse sanduíche? Definitivamente, não, mas ainda assim, o McDonald’s foi genial ao lançar essa campanha no Brasil em 1983. E você sabe o por quê? Até hoje, todos lembram da música e o Big Mac continua sendo o hambúrguer mais vendido no mundo até hoje.

Como aplicar o neuromarketing no seu negócio?

Depois de entender como funciona essa ciência e a forma como ela é eficaz em trazer resultados, você deve estar se perguntando como é possível aplicar isso ao seu negócio. Continue a leitura e conheça alguma das suas aplicações no mercado.

Psicologia das cores

Uma das aplicações mais conhecidas e usadas no mercado. Seu objetivo está em identificar as cores que devem ser usadas para provocar os impactos desejados no público, pois cada uma das cores afeta nossas emoções de maneiras diferentes.

Você sabe porque o McDonald’s utiliza as cores amarela e vermelha em sua logo e empresas que trabalham como seguradoras e corretoras usam cores mais sóbrias? No caso da rede de fast food, primeiramente essas duas cores chamam a atenção do consumidor mesmo que à distância, além disso, estudos comprovam que são cores que despertam o apetite das pessoas, explicando assim, a ideia no aumento do nível de consumo dentro dos estabelecimentos. Já no caso das seguradoras, o neuromarketing descobriu que cores mais sóbrias trazem mais segurança aos seus consumidores.

Você sabia que as pessoas levam cerca de 90 segundos para tomar a decisão de compra ao interagir com um produto, serviço ou ambiente e mais da metade dessa avaliação é baseada somente nas cores usadas. Portanto, foco em usar cores que estejam conectadas com as emoções que você deseja que seus clientes sintam ao interagir com a sua marca.

Storytelling

Estudos de neuromarketing apontam que a objetividade pode afastar o consumidor. Com isso, quanto mais subjetiva e bem roteirizada, maiores serão as chances de você ter usuários engajados.

É nesse cenário que o storytelling se destaca. Por meio de narrativas que não necessariamente envolvem o produto, a marca consegue ativar o lado emocional do seu público.

Quando o público se identifica com a história, ele absorve o conteúdo sem pensar que está sendo direcionado para uma tomada de decisão. Ao invés de falar que seu produto é o mais tradicional do mercado, por que não contar uma história que represente essa tradição?

Gatilhos mentais

Os gatilhos mentais são uma das técnicas mais utilizadas para influenciar nas decisões de compra, através de informações que despertem a necessidade do consumo.

Um dos mais conhecidos é o escassez, no qual o objetivo é fazer com que o cliente absorva o senso de urgência, acelerando assim, a tomada de decisão. Expressões como “compre agora”, “por tempo limitado” e “últimas unidades”, por exemplo, são utilizadas com esse intuito. Entretanto, existem uma séries de outros tipos de gatilhos, como de: prova social, exclusividade, curiosidade, autoridade e outros.

Usando imagem de pessoas

Os conteúdos visuais são os preferidos da maioria das pessoas. Não é a toa que plataformas exclusivamente visuais como Instagram e Pinterest têm apresentado grandes crescimentos.

Se você quer dar destaque nas suas mensagens publicitárias, tenha a certeza que usando a imagem de pessoas para contextualizar seus produtos ou serviços você terá um retorno mais positivo. A Coca-Cola é um ótimo exemplo nesse caso, pois a marca não fala das características do refrigerante em si.

A Coca-Cola trabalha com campanhas visualmente atrativas, na qual o refrigerante não é o personagem principal da narrativa. Na verdade, o produto, é apenas parte integrante do contexto geral do anúncio

Pare e relembre alguns dos anúncios da Coca-Cola, são sempre focados em amigos, festas, momentos em família, campeonatos esportivos e outros contextos semelhantes. Tudo isso ajuda o público a criar um vínculo emocional com o seu produto.

Explore os sentidos

Procure explorar os cinco sentidos do seu consumidor! Quem não gosta de entrar em uma loja perfumada? Acredite se quiser, mas esse pode ser um dos fatores decisórios de uma compra, segundo estudos. Não é a toa que hoje existem lojas que comercializam suas fragrâncias. 

Desperte boas sensações nos seus consumidores através de cheiros, sons, embalagens e se sua marca for só virtual, não desanime, explore as emoções através de cores, layout e fotos.

Práticas de sucesso

Agora que você já sabe como funciona o neuromarketing e de quais maneiras é possível aplicá-lo, separamos dois exemplos de práticas que estão em alta e costumam trazer muitos resultados para as marcas.

Assinaturas grátis

Você já deve ter notado que muitas marcas oferecem um período grátis de seus serviços a fim de conquistar esses potenciais clientes. Essa prática nada mais é, do que um gatilho mental que se utiliza do princípio da reciprocidade, já que a empresa oferece um teste gratuito, para futuramente, obter a assinatura em troca.

Ao fornecer um período gratuito, a marca conecta os usuários ao seu serviço e mostra seus benefícios na prática. Funciona como um estímulo para que os consumidores confirmem a assinatura depois do período de teste. Marcas como Netflix, Globoplay, Spotify e muitas outras tem o costume dessa prática.

Senso de urgência

Falamos sobre o princípio da reciprocidade, agora vamos apresentar um case de senso de urgência. Alguma vez você já pesquisou uma hospedagem no Booking ou Airbnb, por exemplo? Observe as imagens abaixo.

Notou as várias mensagens ressaltando o senso de urgência na tomada de decisão? Em um deles ele aponta a quantidade de quartos ainda disponíveis, nos outros, eles mostram como o estabelecimento tem uma procura frequente. Tudo isso para incentivar o usuário a fechar negócio logo, antes que acabe.

Ao longo deste post, você conheceu uma variedade de técnicas para mensurar o comportamento do consumidor através do neuromarketing e descobriu as infinitas possibilidades que se abrem a partir desses estudos. Que tal agora aplicá-las nas suas próximas campanhas? 


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