Brand collabs: quando o match vira estratégia de marca
12 junho, 2025Um par de Havaianas com estampa da Farm. Um combo do McDonald’s assinado pelo BTS. Uma coleção da Lacoste inspirada em Stranger Things. O que antes era pontual, hoje é uma das tendências de marketing mais relevantes: as parcerias entre marcas, também conhecidas como colaborações de marca ou brand collabs.
Mais do que reunir logos, essas colaborações contam histórias, atingem públicos diferentes e criam valor cultural. Elas funcionam como alianças estratégicas capazes de unir forças complementares e gerar benefícios mútuos que vão do awareness à conversão, passando por impacto social e posicionamento de marca.

Por que as collabs se tornaram tão populares?
Em um cenário saturado de mensagens publicitárias, a atenção do consumidor se tornou um ativo escasso. As colaborações de marca oferecem um atalho para essa atenção ao unir o melhor de dois universos em uma só narrativa. A fórmula combina:
- Compartilhamento de audiências e valores: atingem públicos de forma cruzada e ampliam alcance.
- Buzz orgânico e mídia espontânea: campanhas viram conteúdo compartilhável e geram conversa.
- Associação positiva de imagem: reforçam atributos por aproximação com marcas admiradas.
- Experiências únicas e memoráveis: geram desejo por meio de edições limitadas, inovação ou storytelling.
Marcas como Adidas, Netflix, Ruffles e O Boticário mostram como essas parcerias geram não apenas vendas, mas relevância cultural. E quando combinadas com criatividade e propósito, collabs se tornam estratégias poderosas de branding.
Tendências de marketing que impulsionam as collabs
- Cultura do hype e da escassez: edições limitadas despertam o senso de urgência e desejo imediato – como no case de Carmed + Fini, que esgotou estoques em poucos dias.
- Consumo como expressão de identidade: produtos com storytelling ou vínculo emocional viram símbolos de pertencimento.
- Ativação criativa nas redes: collabs são feitas para ser instagramáveis, gerando conteúdo espontâneo e buzz digital.
- Coautoria e comunidade: ações cocriadas com influenciadores, artistas ou fãs engajam de forma autêntica – como o combo do McDonald’s com BTS.
- Inovação no cruzamento de categorias: misturar universos distintos – como moda e alimentos, beleza e entretenimento – aumenta a curiosidade e o alcance.
Outras forças que tornam as collabs ainda mais potentes são as novas tecnologias e dados. Ferramentas como IA, automação e CRM têm possibilitado campanhas cada vez mais integradas e personalizadas.
Que formatos mais se destacam?
As collabs não seguem um único molde. Elas ganham força por sua versatilidade:
- Parcerias entre setores distintos, como Havaianas + Oreo, que misturou moda e alimentação.
- Collabs com influenciadores ou artistas, criando conexão emocional e alcance massivo.
- Associações com causas sociais, gerando valor simbólico e reputacional.
- Cocriações com comunidades, como edições desenvolvidas com participação direta de fãs e consumidores.
Além disso, o formato tem se mostrado resiliente: segundo análise da Meio & Mensagem, mesmo em anos de retração, as collabs seguem em alta pela capacidade de gerar mídia espontânea e ampliar canais de distribuição.
Collabs também são para pequenas e médias empresas
Apesar da vitrine das grandes marcas, colaborações de marca não são exclusividade dos gigantes. As pequenas também podem aproveitar a tendência com criatividade e estratégia. Há diversos exemplos de negócios locais que criaram collabs com alto impacto – usando parcerias regionais, creators de nicho ou até ações pontuais com comércios vizinhos.
A lógica é semelhante ao que discutimos ao abordar o marketing de comunidade e como marcas podem se conectar com públicos nichados por meio de experiências significativas.
Entre as recomendações:
- Buscar fit de público e valores;
- Definir objetivos claros (branding, vendas, visibilidade);
- Estabelecer uma narrativa criativa e relevante para ambos os lados;
- Dividir recursos de produção, mídia e distribuição para ampliar o alcance com menos custo.
Como saber se aquela parceria faz sentido para a sua marca?
Antes de embarcar em uma collab, vale aplicar uma análise de viabilidade estratégica:
- Existe alinhamento de público e posicionamento entre as marcas?
- Há complementaridade de produtos, serviços ou valores?
- O objetivo da collab está claro: awareness, engajamento, vendas, reposicionamento?
- Há clareza jurídica e divisão de responsabilidades?
- O risco de imagem está mapeado e gerenciado?
Um match bem-feito entre marcas pode gerar resultados exponenciais. Já uma collab desalinhada pode gerar confusão e até danos à reputação.
Branding colaborativo como estratégia de longo prazo
As parcerias entre marcas deixaram de ser modismos para se tornarem ferramentas estruturadas de marketing e branding. Elas representam uma evolução no relacionamento entre marcas e cultura – conectando empresas com tendências, territórios de interesse e comunidades inteiras.
Na VX Comunicação, usamos inteligência criativa, análise de dados e sensibilidade cultural para transformar colaborações de marca em estratégias com propósito, performance e impacto. Da identificação de oportunidades à cocriação e ativação, somos ponte entre marcas e movimentos relevantes. Sua marca também pode fazer parte desse movimento. Vamos conversar sobre como transformar a sua próxima collab em um case de impacto e resultados concretos!
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